terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O essencial é invisível para os olhos

Esta é das muitas frases escritas por Antoine de Saint-Exupéry no seu livro O Principezinho a que mais me marcou: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos." Vai um bocado na linha do ditado popular "Quem vê caras não vê corações".
O livro foi escrito em 1943 e ainda hoje passado mais de meio século continua a ser um dos mais vendidos e traduzidos por todo o mundo. Isto porque se à primeira vista nos parece uma leitura direcionada para crianças, surpreende-nos com a abertura de questões sobre a profundidade e complexidade da natureza humana.
Saint-Exupéry conta-nos a história de um menino que vivia num asteroide (B 612- para quem gostar de números) e que resolve viajar por diversos planetas encontrando pelo caminho os mais variados personagens. O último planeta que ele visita antes de voltar para o seu asteroide é a Terra. Ele acaba por encontrar no deserto um aviador que se despenhou (o próprio autor do livro) a quem conta a sua vida e as aventuras que teve nos outros planetas.
Ao longo da leitura do livro vamo-nos deparando com frases e ideias cheias de sentido e significado simbólico onde são levantadas questões de ordem moral como a amizade, a justiça, a bondade, o altruísmo, a vaidade etc. Este é um livro que nos reverte para o que realmente é importante e nos faz dar conta da perda da nossa inocência.




"E vi um menino perfeitamente espantoso a medir-me de alto a baixo com um ar muito sério."..."O desenho, claro, é bem menos encantador do que o modelo."


"Já sabia portanto duas coisas e a segunda muito importante:o planeta de origem do principezinho era pouco maior que uma casa."


"Julgo que aproveitou uma migração de pássaros selvagens para fugir."


"Nunca lhe devia ter dado ouvidos. Nunca se deve dar ouvidos às flores. Deve-se é olhar para elas e cheirá-las. A minha perfumava-me o planeta todo, mas eu não sabia dar valor a isso."


"Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro."..."Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste."



"- Que bicho mais engraçado tu me saíste! fina como um dedo..."
"- Mas muito mais poderosa do que o dedo de um rei- disse a serpente."


"Mas tenho a certeza absoluta de que o principezinho voltou para o planeta dele: ao nascer do dia, não encontrei corpo nenhum."


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